sábado, 3 de julho de 2010

coisas soltas


A vida que nunca me basta se constitui em dança, encontros, músicas e a freqüência da conjugação do verbo chegar. Eu danço, eu encontro e me reencontro no e a partir de o outro.
Eu nunca sei o que em mim fala mais do que eu sou. Porque corrompido pela sociedade do consumo que se estabelece através da lógica do capital, parece-me que existe em mim o que habita nos excessos, eu corro, eu ando pegando ônibus menos do que deveria. Eu tenho duas casas e uma terceira que é o lugar onde sou um rei, filho, neto e vizinho. Eu danço, eu corro para dançar, eu reúno afetos em uma sala que de tão grande se faz pequena para a imensidão de energias produzidas de unos tão particulares e variados, existem grandes, pequenos, negros, brancos, gays, jovens, adultos e existimos todos nós juntos.
O amor que eu pensei haver me deixado se fortalece entre as embriaguezes e estados de torpor eufórico. As bocas que beijei se manifestam sedentas, calorosas, algumas me criam calos, como um quase desespero de encontro libídico, eu fecho os olhos no momento dos beijos e tenho medo de cair, é a embriaguez falando alto, me sinalizando o tempo de ir para casa.
Paquera no Arlindo, tentativa de beijo em outro local, mudança de território, mudança de sentidos e afetos... Olhou-me... Mudou a geografia... Esnobou-me.
A copa do mundo acabou para o Brasil, o país que se estabelece como potencia nacional por causa do futebol volta pra casa com sua moeda de troca desvalorizada, não somos mais uma camisa 10, continuamos sendo uma bunda e um samba, vixe e agora com a desvalorização da camisa... é bem arriscado que sejamos também um par de peitos. Ai ai ai que país lindo e estranho esse nosso.

Hoje me bateu uma saudade enorme de Chicago.

Volto depois!

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