terça-feira, 26 de janeiro de 2010

O que me fica... ainda que não me pertenca.


achar as respostas antes mesmo das perguntas serem feitas.
Foi essa a sensacão que tive nos dias habitados em Cabo Verde, transfiguracões, mutacões e significados aparecendo o tempo inteiro, dancando a minha frente sem pudores, máscaras ou fingimentos.
Tudo concentrado, comida pesada, água por todos os lados, cervejinha virou cervejona... um copinho e parecia que três de cerveja brasileira estavam sendo a equivalência. embriaguez misturada aos estados de atencão e medo.
O forte de tudo, e talvez o mais frágil de tudo, foi pensar que foi preciso estar em um outro país para se aproximar dos que são daqui, dos que moram quase na outra rua, quintal com quintal.
distâncias que se aproximam na distância.
relacões que tracam outras, afetos que se desafetam e se transformam, misto de emocão e despudores, caminhadas em sentidos opostos do meu amor, parcerias que se pareciam eternas se eternizam em outros pés, nos pés de sempre, exatamente onde tudo comecou, exatamente lá, nostalgia e respiro profundo.
amor, paixão, vontades e dores de barriga, pão na madrugada, pouca cerveja e muita embriaguez... tudo escuro, claro só o dia.

E o amor em estado de reticências.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010



Silêncio
Nada mais, só o silêncio me faz ...

ps: Eu fiz essa foto em Cabo Verde, a última foto, o último silêncio.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Distâncias e horas lentas


Tentar viver um dia de cada vez é o que mais me desafia nos dias de distâncias e horas lentas, nesse mundo coberto de luzes, cores, sons e desgracas sensacionalizadas pela tv colorida... (Tão colorida), me pergunto o tempo inteiro onde está o silêncio, onde está o que não cabe, onde está o que não precisa ser dito porque não cabe também... na verdade me pergunto tantas coisas e quanto mais perguntas surgem mais confusas as respostas se apresentam.
Tenho observado que as pessoas mudam, de uma forma tão radical e brusca que por um momento chego a pensar que elas nunca nem existiram. Não é decepcão o nome disso, não é revolta o que isso representa saindo de mim, não é raiva nem ira, é apenas uma tentativa de uma descoberta de como achar o tunning certo entre o amar, o aceitar, o desprender e o aceitar, essa tentativa na verdade talvez seja uma forma de conversar com o exagero do mundo das distancias e horas lentas.
Não é portanto razão de siofrimento ou repulsa, não é razão de nada, talvez nem seja algo, talvez seja apenas uma falta do que eu tenha a fazer.
O mundo é cínico, exagerado, excessivo... mas eu amo o mundo, as pessoas, alguns de seus cinismos faltas e exageros.
Eu quero é viver 100 anos.

Amo o samba!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010




Um pouco de Lya Luft

Foto de Antonio Alegria

Não sou apenas a pedra que rola
nas marés do mundo,
em cada praia renascendo outra.
Sou a orelha encostada na concha da vida,
sou construcão e desmoronamento,
servo e senhor
e sou mistério.

domingo, 3 de janeiro de 2010



porque para mim saudade é não saber.
não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos,
não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento...



É essa a foto do outro post... e a foto do outro post são fragmentos de nosso espetáculo II DEVANEIOS, fotos de Marcelo Holanda no Teatro José de Alencar.


Resolvi voltar...
Para um recomeco extremo, de delicadezas e palavras leves... esfiapadas... levadas pelo vento... em algum lugar há de chegar...
não sei o que há de mais em mim ou de mim no mundo que eu não vejo... as coisas parecem se tão coisas namaioria das vezes.
Um ano novo de recomecos... de anexos e conexos, de esadas, partidas e chegadas, artes e desartes, construcões e desconstrucões para um mundo desconhecido de objetividades e mais coisas diretas...
2010... aleluia!

Na foto Victor, Evan, Eu, Arnaldo, Caio, Rubéns e Edson, Marconi fez a foto, Henrique não pode estar conosco.

Cia dos Pés Grandes no Cumbuco.