domingo, 30 de maio de 2010

Coisas novas



O momento presente é um momento de quase desafio.

Casa nova, família maior, apartes,saudades, viagens

Estando em Brasília entrei em contato com um passado leve, doce, azul...
Ouvindo jazz e loucuras rompi a barreira do impossível e se fez possibilidade onde antes era apenas um traco de coisa alguma.

Entrando em órbita nova de encontros furtivos em mundo de letras, dancas e pensamentos, um tecido de pele que se faz afetivo por ser de muitos.

Transparencias...

cds... tantos cds, músicas, no meio de tantas algumas 3 ou 4 suspiradas, baixinhas no ouvido completando o "estar em mim" de forma possível, tátil. pisando de leve.

e eu quero o que não existe, eu sempre quero!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Eu, Manu e uma vela.


de bracos e mãos cansadas de lutas cotidianas da quinta-feira, pernas preguicosas e aparentemente mais curtas atravessei um bairro inteiro pra alimentar aqueles que se falam por unhas, ausencias, carinhos e gemidos... os donos da casa.
no meio de luzes e velocidades deparo-me com o stagno, a inércia e a momentânea escuridão, nao existia movimento, parou-se a cor e o negro tomou conta do vazio universo dos pelos, gemidos e carinhos que agora eram temerosos.

um homem de chapéu, um outro também de chapéu... olhares para cima, como a contemplar um céu de águas que não caem. Uma subida em uma escada... como um escalar de uma colina, um encontro furtivo na calcada do outro lado, um desejo.

sentado, ao esperara que a colina seja alcancada, desperto me ao som da luz do telefone que chama, a luz me leva o olhar ao livro branco de folhas finas, capa plástica, limpo... tinha alguma coisa de artista em seu título.

Manoel de Barros. Parei. Vi embassadamente na escuridão, tateei, folheei, abri, iniciei a leitura e a luz acabou. Montanha ainda não escalada corro em busca de um fósforo, um isqueiro, um papel que fosse para ser queimado ao ponto de fazer possível aquele encontro.

vela achada, deitado em chão sujo, de camisa suja. Olhos cvuriosos, sensacões novas e intensas, como se tocassem meu coracão com o dedo, como se pudesse bater asas.

colina escalada, luz acesa.... vela não conseguiu ser apagada, continuou... perplexo que estava com tal encontro, ali fiquei, parado, caminhando apenas na leitura, como se a vida naquele momento se apresentasse a mim, delicada, leve e frágil, como a chama de uma vela.

Deus disse: Vou ajeitar a você um dom:
Vou pertencer você para uma árvore.
E pertenceu-me.
Escuto o perfume dos rios.
Sei que a voz das águas tem sotaque azul.
Sei botar cílio nos silêncios.
Para encontrar o azul eu uso pássaros.
Só não desejo cair em sensatez.
Não quero a boa razão das coisas.
Quero o feitiço das palavras.

Manoel de Barros


Aprendo com abelhas do que com aeroplanos. É um olhar para baixo
que eu nasci tendo. É um olhar para o ser menor, para o insignificante
que eu me criei tendo. O ser que na sociedade é chutado como uma
barata – cresce de importância para o meu olho. Ainda não entendi
porque herdei esse olhar para baixo. Sempre imagino que venha de
ancestralidades machucadas. Fui criado no mato e aprendi a gostar das
coisinhas do chão – antes que das coisas celestiais. Pessoas
pertencidas de abandono me comovem. Tanto quanto as soberbas
coisas ínfimas.
Manoel de Barros


Foto de Antonio Alegria
Espetáculo Dois Devaneios da Cia. dos Pés Grandes
Bailarino: Eu.

domingo, 2 de maio de 2010

Pois é.


let me see...

there are so many good things when giving and receiving are all about a relashionship... we never know exactly how things are being received or given, we are just there at the moment wide open, waiting and living.
other hand this moment is something that should be a celebration for both! otherwise it would be unfair.
Life is just one, moments sometimes are so intense and people are most of the time the most responsable for the losts.
there is also a moment when the more than perfect is undone.
the worst part it is when we have to live with the sorrow of the lost or the apart, anyway this is so needy in life.
First we get the moment that we think all the things are gonna be all right and that in some days you will be OK, this moment is horrible and painfull because it is when you know that you will have to learn how to walk again, without the old arm, shoulders, words and stuffs, the second moment it is when you get insane, you go nuts, you are able to kill anyone.
But there is a great moment, it is when you see that life is so much fair, and love is always back again, at this moment you start to respect yourself, to respect the other and to see other many ways of being happy.
At this moment you do not get angry anymore, what used to be a reason to get anger you get laughs and ashemed.
Life is so great,people are so weird but I just love them!
Thanks God I am a dancer!

A little of a Brazilian Genius Tom Jobim! He saved my sunday!

Pois é
Fica o dito e redito por não dito
É difícil dizer que inda é bonito
Cantar o que me restou de ti

Taí
nosso mais-que-perfeito está desfeito
E o que me parecia tão direito
Caiu desse jeito sem perdão

Então
disfarçar minha dor já não consigo
Dizer que nós somos bons amigos
É muita mentira para mim

E enfim
hoje na solidão ainda custo
A entender como o amor foi tão injusto
pra quem só lhe foi dedicação

Pois é, e então