quarta-feira, 26 de outubro de 2011

das bobagens que me suspendem







Me cansa essa coisa dura que te revela e me eleva em desesperos, surtos e bronhas, é de ti que eu fujo pra me encontrar no paraíso de um outro alheio, tu me jogas na armadilha que me excita e me faz perverso de mim mesmo, kamikase de rodas gigantes, passarelas cortinadas de cacos de vidro e cascas de limão descascado e chupado por uma boca doce.

Fragilidade é estar aqui, é ser vivo, viver resiste em fragilidade e coincide com fortaleza, resiliência.

Bocas grandes de palavras soltas, murchas dez-preparadas palavras!

Olhar agridoce com um cuidado de levar pra casa, revisto, revisito, imponho em ponho!

Queria saber escrever cartas, não tenho intimidades com as palavras e as escritas, eu falo, eu sonho, eu me mordo, me violento me suficienteio!

É assim que te escondo, te apago, te relevo, te conjugo em verbo intransitivo do passado.


PS: Eu estive aqui, te vi, não venci!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Foi não, É! Obrigado Valéria Pinheiro!






Vinha da aula, dirigindo, ouvindo uma música que sugere uma rítmica e passei súbito a lembrar e rememorar os meus primeiros momentos de encontro com a técnica do sapateado. Preciso contextualizar um pouco.
Vim de Crateús para Fortaleza com o intuito de estudar para passar no vestibular, chegando à cidade bela me inquietei bastante com o movimento das esquinas do meu cursinho, eram cervejas, pessoas, comidas, muitas novidades para um garoto, que embora desde cedo cosmopolita, estava residindo, habitando outra instância de cidade (Grande?).
No meio de tantas novidades deparei-me com um teste para compor o quadro de alunos do extinto CAD (Curso de Arte Dramática da UFC), um curso preparatório para pessoas aspirantes à atuação teatral. Informei-me dos testes, me inscrevi e com a ajuda de dois amigos (que me instruíram nos ensaios para o teste) eu consegui uma vaga na tão sonhada turma. Achava eu que meu sonho seria esse, que meu encantamento com o campo das artes havia se realizado, que seria a atuação de ator que me manteria enquanto artista. Já que eu era também acadêmico do curso de Administração de Empresas da mesma instituição.
Em um encontro casual com uma pessoa de teatro, que outrora havia encontrado em Crateús, ouvi o seguinte: “Você precisa conhecer a Valéria Pinheiro” (ele comentou isso porque sempre manifestei um desejo absurdo por sapatear e já havia ensaiado por conta própria alguns passos), rebati de pronto: “preciso mesmo”...
Fui então ao encontro da Mulher do sapateado, entrei no teatro José de Alencar, casa cheia, procurei um local bem perto do palco, queria a qualquer preço conhecer de perto. A luz depois de um tempo acendeu e o espetáculo começou..................
Até hoje não consigo adjetivar a sensação daquele encontro, não sabia exatamente o que era aquilo, de onde vinha ou o que me dizia aquela simbologia toda, eu não sabia como, mas naquele momento descobri que era aquilo que eu queria fazer pra sempre, não sei onde está o meu sempre, mas até o momento de agora eu mantenho o desejo por aquilo, por aquela mulher, por aquele par de sapatos, por aquela música que minha legibilidade não decifrava, mas que minha alma entendia.
Voltei para casa, calado, não tinha muitos amigos, não tinha dinheiro nenhum pra tomar uma cerveja, na verdade, uma dose de cachaça, o dinheiro naquela época não dava pra tomar cerveja. Silenciei, e no meu silêncio descobri que era barulho o que eu queria fazer.
Aquela imagem ficou grudada em mim, como tatuagem, se paro para pensar quase que posso vê-la tatuada no meu corpo, como uma aliança, como uma relação que até ali naquele momento seria unilateral, eu o amante descarado, eu o vilipendiador, eu o que observa e deseja, eu em uma relação de perversão com aquela mulher que me conquistou quase que pisando em mim.
Cumprindo o papel de enamorado segui buscando mais sobre aquilo tudo, internet, livros, fotos em sites, conheci outros sapateadores com habilidades e competências similares, mas nenhum me deixou ereto, excitado (pau duro), não existe nessa escrita teor classificatório ou comparativo, mas a poesia e autoridade que me romperam naquele encontro, aquela sensação, eu nunca mais a vivi, nunca mais a possuí, como se nunca mais eu houvesse topado com uma “pedra no meio do caminho”, foi de desestabilidade que aquele encontro e o que reverberou dele me compôs, tal estado me acompanha até hoje.
Eu tenho muito, a vida me deu muito, eu corri muito atrás de tudo, hoje, o que sou mais grato à vida está escrito na relação que constituiu e que se constitui a cada dia mais potente com aquela mulher. Os encontros transformam o mundo... a poesia faz a vida suportável, a filosofia me dá esperanças, mas tem um lado do inalcançável que me angustia, isso consiste em minha impotência de se fazer entender o meu agradecimento, a minha gratidão, minha devoção e o meu amor por aquela mulher.
Foram 08-09 anos de trabalho ao lado dela, dancei ao lado dela em várias situações, me envergonhei, temi, idolatrei, odiei também em alguns momentos (amor e ódio não estão muito distantes) e sobrevivemos juntos. Estivemos juntos em outros países, em tantas cidades grandes, em tantas cidades pequenas, no meio do mato, trepados em árvores, mergulhados em lamas... segurou minha mão, me beijou, nos beijamos, me confortou, me encorajou, chorou comigo, me amou. Sapatos rasgaram, cadarços quebraram, chapas afrouxaram.
Ah! Dormimos juntos, dividimos quartos em hotéis, dormimos na mesma rede, usamos as mesmas camisetas, fumamos muitos cigarros juntos, aprendi, vivi, é de vida e coragem que ela pulsa.
Aquela mulher mudou o sapateado, o entendimento do sapateado dentro do Brasil e levou para o mundo, agradeço como sapateador; Ela me mostrou e mostra a quem está ao lado dela que o sapateado está além da técnica e do sapato, agradeço como bailarino; Ela identificou na minha fraqueza a minha fortaleza, agradeço como pessoa; Ela me mostrou que a fome, o frio, a dor existem, agradeço como irmão; Ela me mostrou o conforto de uma família e a dividiu comigo, como irmão novamente eu agradeço; Ela me ensinou a reconhecer um mestre a partir do que ela tinha dentro de casa, me fez perceber que eu também tinha um mestre em casa, como filho, eu agradeço, e extendo os agradecimentos ao seu Dorgival e ao meu vovô Apolinário; Ela me fez olhar a vida com os olhos de criança, me prometeu uma, como marido, companheiro, eu agradeço; Ela me fez entender que eu também sou importante, como gente eu agradeço; e o mais importante de todos os ensinamentos: Ela me ensinou a tratar todos como iguais, disso eu nunca esqueço. Ela foi o som, o silêncio, o suor, a sede, a dor, a alegria, a potência, a maturidade repleta de juventude, a coragem, o ritmo, a métrica, a batida, a batida, abatida, a batida, a batida, a batida... tum tictaquitacatá tum tictaquitacatá... tumtictaquitacatátictaquitacatátictaquitacatá tum tum tum tum tum tum tum tum tum tum e haja samba, e viva o samba dela!
Ela é infinita em minha vida
Meu amor e gratidão eternos.

PS: todas as cervejas do meu universo desconhecido das esquinas do cursinho... as redescobri também no encontro com ela.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Revendo







|Estados de^inquietude. existe uma coisa borbulhante em mim que se diz inteira, quente... me uso de panela em fogo aquecido, não me existo na paragem, eu me existo para além da inércia porque o que me move é voluntário, não é empurrado, não é lançado feito topada de pedra no meio do caminho.
As minhas noites insones surgem de lugares que passeio cansado, querendo, ainda borbulhando, uma referência outra de sentir. Eu sinto que quando existe a excessiva complacência eu deixo de sentir. As coisas mudam o tempo inteiro e realmente " O ser se diz de várias maneiras", ouvir os dizeres têm preço alto, às vezes impagável.
arua me move, as pessoas me movem, a vida me suporta, sempre tenho a sensação que sou maior e mais forte que a vida porque a vida apenas me suporta enquanto eu a questiono.
Entender o doce deslizar na calçada molhada da ilusão. a ilusão é uma coisinha delicada, molhada, escorregadia, faz até cócegas, brinca com o meu olhar, me convida hipoteticamente, me acaricia e eu digo sim para ela porque ela me faz entender a fragilidade de todas as coisas... as minhas também.
Ando sozinho para estar acompanhado, dirijo calmo porque sou excessivamente acelerado, eu sou uma coisa muito esquisita, não sei me digo de várias maneiras ou se as várias maneiras é que falam de mim. eu vou por aí, eu quero, eu desejo, eu o incerto, eu o que procura. Aqui dentro tijolos caem, paredes são levantadas ainda que com ausencia de tijolos, mas elas crescem. eu me derreto alguns dias, eu me visto de ferradura em outros. eu quero. eu vou. eu estou aqui.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

MEUS muitos, o único de mim!







Mudar de quarto. É assim que me sinto e me apresento por agora. Demoro muito a entender as coisas, lentidão supérflua, persistente. Não acredito que mudar de quarto seja abandonar, o antes, habitado, e sim conhecer o desabitado, ou, o preenchido por presenças desconhecidas cheias de desejos e sonhos que na maioria das vezes são irrealizáveis (os sonhos). É Preciso dizer que os sonhos muitas vezes fenecem, eles ficam abandonados no meio dos caminhos como rastros de caminhos que talvez não levem a lugar algum, em outra instância, o mudar de quarto não significa pessimistamente (essa palavra existe?) que não temos sonhos a realizar ou que os desistamos. Mudar de quarto é, para mim, por esse “agora” um ato político imanamente e humanamente necessário, mudar para não abandonar, para não desistir, para não cansar, fechar os olhos e ser mais um no meio de uma multidão de descrentes, sem sonhos, com as mãos calinadas de luta, bandeira de talo fino e quebradiço, buracos no pano.
Olhar de perto também organiza a casa, estar junto potencializa uma vida (não mais minha nem sua... apenas.) Entender a lógica da razão, das coisas (título de livro, acho bonita essa frase) parece o mais próximo do que poderíamos chamar de justiça. Eu quero isso para os meus, para mim, para os meus sonhos, para a construção de meus caminhos e parcerias, eu não quero ser vendado, vetado, vilipendiado, essas palavras impõem medo, desconfiança, insegurança, e delas tento me desvencilhar para estar com os “meus”. Preciso dizer também que quando falo “MEUS” é na condição de deslocamento gramatical da qualidade de pronome possessivo para afinidades, proximidades e entendimentos, com-parti-lha-mentos, de nomes sim, mas não de posses, nada de “ ivos”ou meu, teu dele.
Os que considero MEUS e que se fazem meus são os que acreditam na transformação, na tentativa, na atenção, no andar de mãos dadas que o poeta Carlos Drummond de Andrade propõe como política de construção. São meus os que não desistem, os que estão juntos, os que fortalecem parcerias e desdenham de falsos poderes e sórdidos empoderamentos. Preciso dizer também que entendo o poder como uma coisa positiva, as pessoas é que o negativaram com suas pequenezas e vontades sórdidas de se fazer grande para oprimir os que lhes servem. (eu não aceito isso, eu não aceito).
Ouvi outro dia de uma amiga querida, em uma mesa de bar, que ouvira de um amigo querido dela (na mesma mesa de bar) que “a gente deve amar o outro pela sua capacidade de ser livre” achei bonita a frase, guardei no bolso, escrevi em um guardanapo e aproveito pra dizer que é disso que se trata: Os meus são os que têm capacidade de amar em liberdade. De amar a minha liberdade e se enxergar também nela, porque amizade é construção e construção só é possível em liberdade pois se o que quero é ser o passarinho no dedo de alguém (como disse Rubem Alves) eu preciso entender de liberdade, de entradas, saídas, idas e vindas, choros e risos, eu preciso entender de dor, eu preciso entender de alegria e tudo isso é inerente ao ser humano, à nós que somos pequenos e frágeis então... mais inerente ainda!
Eis que então o “mudar de quarto” vem recheado de convites... A tudo isto, a essa liberdade que como Clarice Lispector diz... talvez seja algo ainda menor (ela acreditava em algo mais permitido do que a liberdade – e não conseguiu adjetivar)
Costumo acreditar no encontro, aprendi isso em contato com a dança, ainda aprendo, aprendo todos os dias sobre encontros, aprendo também sobre pesos, levezas, pobreza, beleza, eu aprendo sobre olhar a vida e me fazer parte dela, com o meu tamanho, com a minha fragilidade, com as minhas dores e minhas potencialidades (são muitas e aprendi a apostar nelas) eu aprendo muito, demasiadamente com os “MEUS” e é com eles que eu vou mudar de quarto e organizar uma vida dentro da sala, no corredor, na cozinha... vou sair girando, como um menino que brinca com sua mais nova descoberta, de braços abertos no quintal da casa que eu ainda não tenho desejo de abandonar.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Paixão - Trabalho - Dança








Não sei, mas me confundo... fonte de estudo não é o corpo (apenas?)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Estudando







São Paulo me enche de encontros, possibilita olhares novos sobre eu mesmo!
Estudando, descobrindo e revelando outras paixões, novas e fresquinhas, uma nova caminhada, um novo artista, uma nova paixão, um encontro que me reflete em espelhos borrados.

Estudando, estudando muito, alimentando a paixão... um encontro de desencontro!

Uma pena te perder, te encontrar quando tu não existes ais... breve estada, rápida partida... vou no rastro!

domingo, 27 de março de 2011

Reclamação







Eu não vou reclamar a ausência de teus pés,
Eu agradeço
Estão comigo algumas meias sujas
Algumas meias ainda ensacadas com o preço borrado nos lacres de lojas baratas

Os parafusos de Recife
As borrachas de Floripa
Os cadarços de Ipanema
As músicas (100)melodias

Eu reclamo a tua existência, rezo, amo suspirado.
As cervejas, os sapatos mofados em meio a roupas suadas
dentro das mochilas entupidas de maquiagem e papéis
derramados nas calçadas de postos de gasolina

Sim reclamo
O amor reclama
O toque reclama
O olhar reclama
A mão reclama
O Pé reclama

E meu sapato no canto me olha
Me inquerindo vc
Boca esfolada
laterais murchas
Cadarço que não aperta.

Cafezinho com muito açucar.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Do Carnaval silenciado!








Definitivamente o carnaval é a festa que mais me emociona. É a festa do encontro, da magia, da alegria na medida certa, das construções de energias e possíveis que transformam o ser e o mundo. Na minha vida de bailarino fui ao Rio de Janeiro algumas vezes, dançar, pesquisar, estudar, ensinar... e o Rio sempre me parece uma cidade misteriosa, com segredos bons que se potencializam na tentativa do descobrir, do buscar, do vasculhar, o Rio portanto é uma cidade que em mim provoca sedução, desejo e tesão, no corpo, olhos e alma, o Rio é um Mar.
Um encanto chegar ao Rio de Janeiro e ser levado para casa de carona em um fusca 70. Devagarinho, por entre os carros grandes e os monumentos naturais rumo ao morro de Santa Tereza, passando pelos arcos da Lapa, rindo ao motivo de qualquer bobagem que fosse, olhando absurdamente tonto à beleza da cidade maravilhosa, paquerando com o tempo, o ar, a estrada... A bolsa gigante em minhas pernas nem pareciam pesar tanto.
“dois aventureiros rumo ao Rio de Janeiro...” fragmento de um real que por não ser real se faz possível na época dos confetes e serpentinas, dos beijos, encontros e desencontros, ladeira a baixo e ladeira a cima, cada um em busca da sua própria aventura, como se fosse a última, prudência se perde no caldeirão do encontro e Fortaleza, Rio, Minas, São Paulo parecem ser todos vizinhos de porta, a queda de um confete se faz ouvir retumbante, grande, barulhento e convidativo na sala do outro, uma orgia de pernas, braços erguidos, penas, fantasias, álcool e cigarros, uma imoralidade que de tão permitida não chega a ser nem um pouquinho permissiva.
“dizem que quando pessoas conseguem ficar por muito tempo em silêncio é porque elas estão conseguindo construir intimidade” ouvi isso de um amigo e fiquei perplexo, é verdade, a intimidade talvez não necessite de barulhos, excessos... O que ascende em mim no momento do encontro e do reencontro nada mais é do que puro silêncio, pura calmaria. Embora durante o carnaval aparentemente tudo seja too much é no momento da embriaguez em desordem e do último cigarro que mais me percebo íntimo, calmo, olhando para dentro, como se nada mais importasse do que a minha capacidade de ser íntimo de mim mesmo.
Os encontros realmente modificam o mundo, e modificam também o carnaval, me perdi em encontros, me perdi em vozes esquisitas, homens diferentes, bocas pequenas, descobertas de novos, reafirmação de já existentes, eram tantos possíveis que me foi impossível não permanecer feliz 24h por dia. E no meio da folia, dos risos, confetes e serpentinas Já não sabia se era Povo ou Multidão (Ver Peter Pal Pélbart), sabia apenas que eu era gente.
Hoje, de ressaca ainda da felicidade, me pego ouvindo o Roberto Carlos, me veio uma vontade de escrever essa grande bobagem, para registrar o quanto de bobo existe em mim, tenho sentido uma vontade maior ainda de viajar, mudar de vida, dançar... Obrigado ao Cadu, Sylvinha, Fernanda Meireles, Lua,Cíntia, Denise, Samuel, Gigante, Livia, Ed, Bruno, Bruna, Fabinho, Thati, Anderson, Toquinho, Paulete, Kleber, Manu, Emanoela, Jeane, Georgina, Renê, ao Morro de Santa Tereza, Ipanema, Lapa... Eu não me canso da felicidade, alegria é minha política.
E que venha o carnaval de 2012, que me venha o Rio de Janeiro.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

"D" de Dating em Sampa!






Trago o Ivan Lins para reforçar o momento do pedido, do desejo, da vontade de fartura


Com força e com vontade, a felicidade
Há de se espalhar com toda a intensidade
Há de molhar o seco, de enxugar os olhos
De iluminar os becos
Antes que seja tarde
Há de assaltar os bares, e retomar as ruas
E visitar os lares
Antes que seja tarde

Há de rasgar as trevas e abençoar o dia
E de guardar as pedras,
Antes que seja tarde
Com força e com vontade, a felicidade
Há de se espalhar com toda a intensidade
Há de deixar sementes do mais bendito fruto
Na terra e no ventre,
Antes que seja tarde

Há de fazer alarde e libertar os sonhos
Da nossa mocidade,
Antes que seja tarde
Há de mudar os homens antes que a chama apague
Antes que a fé se acabe,
Antes que seja tarde

Com força e com vontade, a felicidade
Há de se espalhar com toda a intensidade

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Biografia de um Poema




Ganhei de presente de fim de ano de uma amada amiga a Biografia de um Poema, o poema é "Uma Pedra no meio do Caminho" do Drummond. Hoje pela tarde em meus 15minutos de folga do trabalho, em um momento de descuido e cafézinho, negando o desejo do cigarro me peguei com esse ppresente de Drummond, um presente dentro do meu presente.

E Tudo o que eu pensei
e tudo que eu falei
e tudo que me contaram
era papel.

E tudo que descobri
amei
detestei:
Papel.

Papel quanto havia em mim
e nos outros, papel
de jornal
de parede
de embrulho
papel de papel
papelão

Carlos Drummond de Andrade.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

A Festa, os amigos, a vida!








Por que a vida pra mim são essas coisas...
não viveria sem isso!
Eu nem existiria, nem sorriria, nem me alimentaria... os meus amigos estão nos meus amores.
Os encontros me aliviam a vida, me suspendem.

Obrigado Obrigado e Obrigado.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

I better go away... as I always did!







Pieces of me from all of the world...

I´ve been missing the time I was most of the time traveling... so great time it was.

Over here we have Pantanal, Chicago and Tocantins...

People who I love very much... friends and lovers...

Oh my!

So great having sex in the bus!

hahahahahahahaha